2025 com músicas novas, novos compositores
Como já mencionei anteriormente, componho desde pouco antes de um ano de idade. O que não havia ainda mencionado, foi que fui drogada e explorada desde esta mesma época por boa parte da vida.
Meu primeiro grande sucesso nacional, Mama Maria começou a tocar sem parar nas rádios. Ao reconhecer minha música e insistir na autoria, deve ter sido uma das primeiras vezes em que fui drogada para esquecer do fato.
O efeito na memória é temporário, mas prolonga-se ao serem renovadas as doses. Quanto a outros efeitos, nem tanto; já não componho tão de improviso quanto costumava.
À música, seguiram-se outras mídias. No Brasil, assino roteiros como Gui Silva (não Agnaldo) e textos, atualemente, após outros pseudônimos mais célebres, como Jane de Janeiro.
Em 2023, a sorte virou ao meu favor e consegui evitar a ingestão de mais desta substância, o que passou a limitar a minha vida consideravelmente. Ao final desse mesmo ano, publiquei uma chamada à ação, de responsabilidade solidária entre indústria e artistas para a regularização de permissões e créditos para estas minhas obras.
No caso da música, cheguei a disponibilizar um formulário com as questões mais recorrentes para agilizar os contratos. Mas até a presente data ninguém retornou.
A facilidade com que tinham acesso a minhas músicas, gravando-as sem permissão, comigo, a compositora, sendo drogada em seguida, iniciou-se durante os anos finais da ditadura militar, cujos efeitos não cessaram em minha vida totalmente pelas décadas seguintes.
Muitas de minhas músicas ficaram famosas. Enquanto isso, para mim, a situação piorava, prejudicando minha vida em vários aspectos. Sem o devido crédito autoral e permissão legal (direitos patrimoniais de uso) para as gravações, se minhas músicas são esquecidas pelo grande público, para seus efeitos em minha vida isto é menos pior.
Esta semana ouvi coisa nova, não de minha autoria. Que surjam novos compositores e muitas novas melodias realmente originais em 2025.
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