Há quem diga...

 ... que com minhas músicas é oba-oba, mais isto não é verdade, o oba-oba acabou; eu fui covardemente drogada por grande parte da vida até recentemente, para uso não-autorizado de minhas músicas e origem disso remonta aos últimos anos da ditadura militar.

Ontem, assisti na TV um cantor lançando um novo álbum, cantando uma música minha, a qual o título deste post faz referência, composta já durante a idade adulta, numa época oficialmente pós-ditadura, mas, na prática, obtida por meio da persistência de seus métodos de espionagem. Não mera coincidência, o título do CD que o artista lançava apela ao típico nacionalismo bem ao gosto dos regimes antidemocráticos.

Mês passado, a própria TV Senado, que deveria dar bom exemplo, descumpriu a lei de direitos autorais, exibindo um coral cantando duas famosas músicas minhas, estas compostas na infância, gravadas e erroneamente creditadas a um renomado intérprete nacional, que ironicamente gravou algumas de minhas músicas anti-ditadura.

Tal qual outros intérpretes, esse artista passa por compositor e a imprensa brasileira continua divulgando falsa informação e sonegando à população as devidas erratas. No cenário internacional, também há muitas correções a se fazer, especialmente no que se refere à data de lançamento das obras. Porém, se informação é poder, não há povo mais desempoderado que o brasileiro.